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23 abril 2011

TCC - OLHAR TREZE

Título: Olhar Treze
Material: Pastel a Óleo NEOPASTEL s/ Papel FABRIANO PITTURA 400 g/m².
Dimensão: 70 cm x 100 cm




Coloco esta pintura em sua primeira fase, dentro dos trabalhos este mostra os olhos mais tristes, realizados com a cor preta e a cinza, a composição toda me agrada e por isso a coloco. O que falta é trazer mais vida, aproximar do espectador, realçar o preto na folha, nos olhos, enfim colocá-lo para fora do papel.



Utilizando a cor preta, o vermelho e a cinza, vamos trazer a tristeza no olhar. Olhar este que está emergindo no meio da folha, porém a sua inserção não aparece como uma continuação da folha, mas sim, como se estivesse rompendo, rasgando-a, e só depois desse ato começa a se fundir com as partes.



Os olhos foram realçados com o preto, a claridade refletida que se apresenta nas pálpebras e íris na cor cinza também foram realçadas. Na folha a cor preta surgiu nos traços fortes próximo aos olhos e no começo da folha. A composição se aproximou mais do observador, os olhos ficaram mais tristes e o conjunto ganhou mais expressividade, direcionando o movimento para o olhar que está fixo. Neste trabalho a natureza e o olhar começam a misturar seus traços, o fim de um é o começo do outro, como uma  continuação. Alguns traços dos olhos seguem em direção ao início da folha. Neste momento começa um ato de fusão entre o ser humano e a natureza.
 
Esta pintura dentro da minha proposta seria o ponto de parada para este Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), onde o ser humano começa a fazer parte realmente da natureza e deixa de ser apenas aquele que vê, reclama, atua, briga, mas, o ser humano que sente e se embrenha, se envolve.



Porém, com a continuação dos trabalhos, o tema começou a fluir e fruir, e sendo assim, vou dar continuidade e mostrar o começo desta nova fase, onde o ser humano passa a se integrar, acariciar, se envolver, brotar da mesma raiz, ocupando o mesmo espaço, porque são apenas um.


Não haverá um fim, mas, abertura para uma continuação, da forma mais variada e possível. Podem não ser olhares tão nítidos, mas estará lá, fazendo sua parte, sendo uma seqüência, como o vento, o céu, não há começo nem fim, o infinito deste universo.


A partir do próximo trabalho, ou seja, o décimo quinto, continuo com as características, tanto dos traços como de minha colocação com relação às pinturas. Neste próximo trabalho, o enfoque é para uma relação maior do que entendo, entre ser humano e natureza, culminando com o que realizo plasticamente.

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